Taurus GX2 x G2C: Vale a pena trocar? Comparativo completo

A Taurus tem modelos populares no Brasil e a chegada da GX2 trouxe dúvidas: será que ela veio para substituir a clássica G2C? Neste comparativo prático você encontra os pontos fortes, fracos e recomendações para decidir entre GX2 e G2C.

Resumo rápido

GX2: empunhadura melhorada, carregador com 13 tiros (compatível com GX4 de 15), gatilho mais moderno e acabamento superior. Custa cerca de R$200 a mais que a G2C (varia por estado).

G2C: modelo consolidado, 12 tiros, acabamento e empunhadura mais simples, confiável e mais barato.

Ficha técnica (comparativa)

Capacidade: G2C — 12 | GX2 — 13 (compatível com carregador GX4 de 15).
Empunhadura: G2C — reta, simples | GX2 — finger grooves, textura pronunciada e “rabo de castor” mais evidente.
Gatilho: G2C — folga inicial maior e reset curto | GX2 — folga menor, quebra mais definida.
Trilho Picatinny: G2C — espaço reduzido (1 encaixe) | GX2 — cava mais profunda e 3 “dentinhos”.
Acabamento: GX2 mais caprichada no polímero e no ferrolho.

Empunhadura: por que é o ponto mais decisivo

A GX2 trouxe uma mudança clara na ergonomia. O finger groove para o dedo médio, a textura mais agressiva e o “rabo de castor” mais pronunciado melhoram substancialmente a estabilidade ao disparo. Para quem tem mãos maiores, a GX2 tende a ser mais confortável — e, para muitos atiradores, isso já compensa a diferença de preço.

O que a G2C oferece

Empunhadura mais reta e clássica — alguns apreciam por ser familiar, outros sentem falta da ergonomia moderna.

O que a GX2 melhora

Maior pegada e menor deslizamento.
Melhor adaptação para diferentes tamanhos de mão.
Mais firmeza no manejo e no controle do recuo.

Gatilho e sensação de disparo

As diferenças no gatilho não são dramáticas, mas são perceptíveis:

G2C: folga inicial maior; reset curto; quebra com sensação distinta (alguns descrevem como “duplo estágio” em falhas).
GX2: folga inicial menor e quebra mais limpa — sensação que muitos consideram mais moderna.

Observação: quem já está acostumado ao gatilho da G2C pode precisar de um curto período de adaptação à GX2.

Segurança, travas e trilho

Ambas possuem travas externas e trava no gatilho. A diferença prática: na G2C, ao travar a arma o ferrolho também fica bloqueado; na GX2 o ferrolho pode ser manuseado mesmo com a trava acionada — pequena diferença que pode interessar a alguns usuários.

O trilho Picatinny da GX2 tem uma cava mais profunda e mais dentes, aumentando as opções de lanternas compatíveis em relação à G2C.

Acabamento e construção

A GX2 mostra acabamento mais caprichado no polímero e no ferrolho, além de reforços estruturais internos que a aproximam da linha GX4. A presença de coroa inglesa no ferrolho é um detalhe geralmente visto em modelos mais caros e ajuda na precisão.

Teste de tiro e desempenho

No comparativo prático (teste com 10 disparos a 7 m, ambas em .38 TPC), as duas funcionaram bem. Em mãos diferentes, a GX2 apresentou agrupamentos levemente distintos, e atiradores com mais técnica conseguiram tirar vantagem da ergonomia renovada da GX2.

Devo vender a G2C para comprar a GX2?

Não é recomendável vender um equipamento confiável só para trocar por um modelo novo. A sugestão prática é manter a G2C e, se possível, acrescentar a GX2 ao acervo. Como dito no vídeo: “quem tem um não tem nenhum; quem tem dois tem um”.

Conclusão

A Taurus GX2 representa uma evolução clara diante da G2C: ergonomia, acabamento e pequenas melhorias mecânicas que tornam a experiência de tiro mais moderna. Para quem vai comprar a primeira pistola, a GX2 é uma excelente escolha. Para quem já tem uma G2C, não há necessidade urgente de troca — ambas são opções válidas para defesa pessoal e uso esportivo.

Recomendação: pegue as duas na mão antes de decidir. A empunhadura costuma ser o fator decisivo.